Numa grande reunião,
entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo
líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação.
Ele se saiu tão bem
com suas cambalhotas, pantomimas, caretas e guinchos, que os animais
ali presentes não puderam deixar de ficar impressionados com toda
aquela encenação e jogo teatral.
E entusiasmados com
tamanha performance, daquele dia em diante, resolveram elegê-lo como
seu novo Rei.
A Raposa, que não
votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem
eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado, já que levaram em
conta apenas as aparências, o espetáculo, coisas que para ela não
tinha valor algum.
Um dia, caminhando pela
floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu
até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que
nele não tocara, porque por direito, pertencia a sua majestade, o
Macaco.
O ganancioso Macaco,
todo vaidoso com sua aparente importância, e de olho na prenda, sem
pensar duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu
o pedaço de carne ali agarrado, foi logo estendendo o braço para
pegá-lo, e assim acabou também ficando preso. A Raposa, ao seu
lado, deu uma gargalhada.
"Você pretende
ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si
mesmo!"
Logo, passado aquele
episódio, uma nova eleição foi realizada entre os animais, para a
escolha de um novo governante.
Moral da História: O
verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas
qualidades.
Fábula de Êsopo.